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EMPATIA

1. O que é empatia?

“Empatia é a compreensão respeitosa do que os outros estão vivendo”.

Marshall Rosemberg


Saber escutar com empatia é criar um canal de comunicação em que as diferentes partes terão o “direito” de expor seus pontos de vista e a vontade de entender cada ponto de vista. Os estudiosos afirmam que comunicação se baseia em três grandes Es: Empatia, Energia e Estratégia. Vamos falar aqui de empatia.

Empatia tem se tornado uma palavra cada vez mais comum no vocabulário das pessoas. Mas você sabe o que é ser uma pessoa empática? Mais do que se colocar no lugar do outro, exercer a empatia envolve presença e escuta ativa. A autora Brené Brown resume empatia como uma escolha de “sentir com as pessoas”. É sentir o que outra pessoa está sentindo ou entender o que ela está pensando. Muitas vezes essa atitude pode ser confundida com simpatia, mas a diferença está na relação que você estabelece com a outra. Estar triste com a situação de outra pessoa pode provocar compaixão ou pena, mas não são sentimentos de empatia.


Empatia é diferente de simpatia.

Simpatia é algo muito mais superficial, é sorrir para a pessoa e não resistir em dar um conselho: “tudo vai dar certo, pelo menos você tem um emprego!”. Por falar nisso, “dar conselho” é um dos vários obstáculos que impedem a empatia de acontecer. Quando alguém tenta ser simpático, principalmente em momentos delicados, pode acabar soando como uma falta de compreensão. Por exemplo, se você diz que seu casamento está difícil, uma pessoa simpática pode dizer que “pelo menos você tem um casamento”, como forma de tentar ajudar. No entanto, se for empático, na mesma situação, é estar disposto a ouvir, ajudar a dar clareza ao sentimento dos outros, procurando experimentar o que o outro sente de forma racional.

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2. Como ser empática com uma irmã que está sofrendo violência?

A empatia em momentos de crise, seja ela profissional, conjugal ou religiosa, te permite compreender melhor a situação que irmã/amiga está passando. Lembre-se que duas pessoas podem reagir de maneiras diferentes à mesma situação, então não é porque algo não afetou você que não vai afetar mais ninguém.

Em situações de violência contra as mulheres, é comum que estas se sintam vulneráveis, receosas e por vezes se "peguem" questionando a sua fé.  É neste momento que a empatia faz toda a diferença. Mostrar que você se importa, que está presente e disposta a ajudar, constrói uma relação de confiança entre você e a irmã/amiga.

Quando perceber que uma irmã/amiga está estranha, diferente, as vezes tristonha, faça o exercício de  acolher, conversar e buscar entender o que está se passando. Provavelmente há algo que você não sabe que está acontecendo, portanto, exercer a empatia para com ela pode trazer melhorias imediatas nas relações e nos momentos de crise. Independentemente de a “crise” ser uma pandemia mundial ou um problema pessoal dentro de casa, ela afeta o psicológico da pessoa envolvida. Isso pode provocar mudanças de humor, comportamento, rendimento profissional, desempenho acadêmico e diversos outros fatores. Então, se você é uma irmã acolhedora, pratique a empatia. Empatizar é amar!

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3. Exemplo de empatia entre mulheres na bíblia

As mulheres bíblicas foram empáticas umas com as outras, lutaram juntas em defesa da vida e de seus direitos. Agiram com respeito, amor e modo amistoso em diversas situações do cotidiano. Saber que há exemplos de empatia na bíblia é importante pois eles nos desafiam e inspiram a praticarmos relações empáticas. Ao olharmos atentamente para alguns relatos, percebemos a força que havia no cuidado entre as mulheres. A empatia aparece como um componente que emancipa, liberta e nos movimenta  a ações solidárias como expressões de acolhimento.


Um texto bíblico que retrata a experiência da empatia é o de Lucas 1:39-56, onde o companheirismo e o fortalecimento ocorreram entre Maria e Isabel. Maria vai ao encontro da prima e a abraça, busca seu apoio, e neste encontro tão empático elas se fortalecem mutuamente. Maria permanece com Isabel por três meses após receber a notícia que seria mãe de Jesus, o Messias. Este período em que permanecem juntas é especial para selar os laços entre duas mulheres ligadas pelo parentesco, que são amigas, solidárias, sábias, corajosas e testemunhas da vida e da fé em Deus.


A prática da empatia quando uma mulher busca apoio em outra deve ser o centro da nossa missão enquanto irmãs acolhedoras pois a atitude de acolher empaticamente a dor de uma mulher pode ser um divisor de águas para que a irmã evangélica vítima de violência tenha coragem de agir, tomar decisões, romper com aquela vida rodeada de opressão e partir para uma nova fase. Assim como Maria que, ao tomar a decisão ir até sua prima e partilhar da vida e desse momento especial, durante o caminho montanhoso e árduo deve ter desenvolvido profundas reflexões sobre sua existência, seus medos e os enfrentamentos que poderia estar vivendo, já que ela era uma adolescente, virgem, e carregava o Salvador em seu ventre, muitas mulheres evangélicas também trilham árduos caminhos repensando suas trajetórias de vida submersas em relacionamentos abusivos.


O encontro empático entre estas duas personagens foi um momento único que nos inspira a provar de uma linda conexão da revelação Divina: a revelação de vozes, de corpos e histórias que se reconhecem, se igualam e se fortalecem para um novo tempo, tempo futuro de graça, esperança e libertação de todo e qualquer tipo de violência! Que a Divina Ruah nos ajude a sermos empáticas hoje e sempre!

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