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ESCUTA ATIVA

1. O que é escuta ativa?

Nas aulas anteriores falamos sobre acolher e empatizar, agora aprenderemos sobre uma metodologia aplicada ao acolhimento chamada ESCUTA ATIVA. A  escuta ativa faz parte de um processo de comunicação estratégica e é no contexto onde pessoas se comunicam que esta metodologia se aplica.

Escutar de forma ativa significa atender com respeito a outra pessoa, percebendo-a com todos os sentidos focados em seu discurso. Escuta ativa é uma ferramenta de comunicação que está vinculada ao conceito de comunicação generosa. Este conceito pressupõe que a partir do momento em que uma pessoa se coloca para conversar com outra e presta atenção na sua fala, ela está demonstrando um interesse verdadeiro pelo assunto e, acima de tudo, pela mensagem que está sendo dita.

Escuta ativa é perceber atentamente o interlocutor, não só com os ouvidos, mas com todos os sentidos em alerta. É tentar compreender o que está sendo dito, quais são suas intenções, as preocupações e os anseios contidos no discurso que se ouve.

Pode parecer apenas um detalhe, mas essa habilidade ajuda muito em todo tipo de relacionamento, mostra que a outra pessoa está sendo valorizada, além de designar que somos pessoas flexíveis no que diz respeito a acolher ideias e opiniões divergentes às nossas!

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Aula 3: Sobre nós

"O VÍDEO A SEGUIR VAI TE CONTAR SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ESCUTA ATIVA"

Aula 3: Texto
Aula 3: Vídeo
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ESCUTA ATIVA

2. Como praticar a escuta ativa com uma irmã que está sofrendo violência?

A escuta ativa ajuda muito a criar bons relacionamentos, minimizar conflitos, desenvolver a empatia e desperta a consciência de que as mulheres cristãs precisam se ouvir e se ajudar nos mais diversos momentos da vida, portanto, quando vocês forem conversar com a irmã/amiga de sua igreja ou de outra, tenham em mente alguns procedimentos:

PASSO 1 - Observação

Ouçam e atentem-se ao que a irmã tem a dizer, sem julgamentos. Não façam outras coisas ao mesmo tempo. É preciso estar por inteiro na conversa. Se não tiverem tempo naquele momento, marquem um horário apropriado.

PASSO 2 - Sentimento

Não selecionem na fala da outra pessoa somente aquilo que te agrada, recusando toda comunicação que seja uma crítica ou que não satisfaça suas expectativas, nem tão pouco concluam os pensamentos da irmã antes que ela termine de falar. Citem o nome dos sentimentos que vocês perceberem. "Você ficou muito triste? Muito decepcionada?". Colocar em palavras, verbalizar o que a irmã possa estar sentindo para que ela fique à vontade é essencial, comentar espontaneamente sobre o ocorrido também.

PASSO 3 - Necessidade

Investiguem a necessidade da irmã. Empatia é buscar pela necessidade do outro. Ouçam atentamente e se perguntem “do que essa pessoa precisa nesse momento?”. Por trás de todo sentimento negativo existe uma necessidade não atendida, disse Marshal Rosemberg.

PASSO 4 - Pedido

Ajudem as pessoas a tirarem uma ação ou fazerem um pedido para que elas se sintam melhor. Procurem mostrar caminhos que elas podem seguir. Lembrem-se que o acolhimento estudado na primeira aula e a empatia, que vimos anteriormente, vão muito mais além, envolvem uma escuta ativa de verdade. É como se a outra pessoa estivesse segurando um novelo de lã todo bagunçado e vocês deixassem o novelo se desenrolar e aí sim dissessem: “eu não sei o que te dizer agora, mas estou feliz que você se abriu comigo”, "eu te acolho e respeito sua dor".

Aula 3: Sobre nós
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ESCUTA ATIVA

3. O que a bíblia fala sobre a escuta ativa?

Meditando em Jesus nós nos impressionamos com a sua tremenda habilidade de escutar as pessoas. O Mestre sempre ouvia os que vinham em busca de curas e maravilhas, a exemplo de quando estava à beira do poço e escutou a samaritana. Em qualquer circunstância, tempo e lugar, Jesus sabia escutar. Até na cruz escutou e acolheu.


Jesus nos ensina que escutar é observar e sentir a necessidade do próximo, e mais que isso, escutar também é fazer um pedido, é perguntar o que posso fazer por você? e a partir disso, orientar a pessoa sobre o caminho que ela pode seguir. Em alguns relatos bíblicos vemos Jesus perguntando: o que você quer que eu faça? Ele olhava nos olhos de cada um, de maneira profundamente amorosa e atentamente escutava suas queixas, pedidos e lamentações.

Quando Lázaro morreu e o Senhor chegou à Betânia, Ele já estava ciente de tudo o que tinha acontecido, bem como do que iria acontecer. Marta veio chorando e logo depois Maria se derramou aos seus pés em prantos, dizendo: “Senhor, se estivesse aqui, meu irmão não teria morrido”. Ele não interrompeu suas palavras. Ele não disse: “Eu já sabia! Eu já sabia!” Ao invés disso, Ele escutou atentamente o sofrimento daquelas irmãs, chorou e se empatizou com elas. Portanto, em nossos relacionamentos com as irmãs de fé, é preciso desenvolver a capacidade de escutar umas às outras, assim como Jesus fazia.

No Novo Testamento, em Hebreus 5.11, há um relato que denuncia a imaturidade daqueles irmãos e irmãs relacionados ao ouvir: "[...] porquanto vos fizestes negligentes para ouvir".

Ouvir a outra irmã é sinal de amizade, humildade e obediência a Deus. Esta habilidade foi uma das características fortes no ministério de Jesus, o Mestre escutava primeiro as pessoas e depois elas eram curadas. Jesus nos ensina que é preciso deixar a outra pessoa falar, se expressar, sentir-se livre para abrir seu coração conosco. Jesus não interrompia as pessoas, Ele nos ensinou a sermos capazes de ouvir para poder compreender.

Mas vocês podem estar se perguntando: depois de praticar a escuta ativa com a irmã em situação de violência, quando e o que falar a ela? Provérbios 25:11 diz: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo”. Para melhorarmos neste aspecto e não sermos incisivas, duras, ásperas e acabarmos piorando a situação, é necessário que vocês tenham em mente algumas informações fiáveis para repassar a estas irmãs, como por exemplo, que há estudos científicos, comprovados em pesquisa, a exemplo do trabalho feito pela teóloga Valéria Vilhena, onde constatou-se em sua pesquisa na Casa Sofia em São Paulo que 40% das mulheres vítimas de agressões físicas e verbais de seus companheiros são evangélicas.

Além disso, saber como e para onde encaminhar as mulheres evangélicas em situação de violência é também uma informação de suma importância, já que os serviços oferecidos pelas Redes de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres nos municípios, existem com o objetivo de cooperar para que estas mulheres possam superar esta situação. Que saibamos, assim como Jesus, escutar inteira e amorosamente a irmã que nos procura e oferece sua palavra, sua dor e sua insegurança!

Aula 3: Sobre

POEMA - RUBEM ALVES

Aula 3: Notícias
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